Autoria: Eduardo Ferreira
Descrição da obra: Avaliação emocional
Expressão: Literatura
Classificação Indicativa: 10 anos
ESPERANÇA
Até que eu consigo administrar a dor
O que estraga é esta maldita esperança
que a acompanha…
A tristeza não me afeta tanto assim
O que corrói mesmo é esta esperança
infiltrada cá dentro…
Suporto a perspectiva de não haver final feliz
Insuportável, como fera, a devorar por dentro,
é uma esperança…
Manso, me conformo ante a sentença cruel
Tortura está no aceno, ao longe, da esperança
de uma absolvição…
Remota, vaga, escassa, tênue…
Assim é a esperança.
Mas como lateja a grandíssima filha da puta!